Inspirada pelo tema da semana lá no Mamatraca (vai lá, tem coisa boa, sempre!), decidi vir aqui contar sobre o que mudou na minha vida depois de virar mãe.
Mudança física, sabem. Porque, sim, elas existem, não há quem negue isso (talvez a Claudinha Leite ou a mulher do Kaká, que apareceram lindas, loiras e sem barriga na capa da revista segundos depois de parir...)
Vamos lá?!
Bom, vou começar do começo. Ririri (isso parece risada do Nilo da novela...credo!)
Quando engravidei da Nina estava com uns 5 kg acima do peso que considero legal pra mim. É, você casa e leva aquela vida de massa, sorvete e cerveja e aí, já viu, né, passava longe da alface.
Engordei cerca de 10 kg durante a gestação. Paciente exemplar, segundo o doutor.
Não emagreci tudo assim de repente. Acho que perdi uns 7kg e só, de modos que, quando fiquei grávida de novo, estava mais "cheinha" que a primeira vez.
De novo engordei cerca de 10, 11 kg na gravidez da Alicinha.
Ela nasceu e eu não sequei amamentando.
Ao contrário, eu tinha muita fome. Fome "gorda". Tudo que eu queria era mandar pra dentro um rondele quatro queijos e tomar banana split de sobremesa, além dos 5, 6 litros de água (essa era a parte magra da minha vida!)
Outra coisa: queria muito amamentar a Alice ad infinitum. Tudo que pudesse causar algum risco ao meu intento, era abominado. Exercício físico, por exemplo. Li em algum lugar nesse mundo google que atividade física poderia soltar uma substância no leite que o tornaria ácido para o bebê e causar o desmame. Gelei. Nada de esteira então, ainda que soubesse da grande probabilidade disso que eu acabei de falar ser uma grande lenda!
Ah...mas querem saber? Eu não estava nem aí pra emagrecer nessa época!
Nem lembrava disso!
E seguir nessa vida era bom demais, convenhamos! Eu tinha a desculpa perfeita para não comer bem e nem me exercitar.
Caí na malandragem meu povo!
Como tinha o dia super corrido fazia tudo errado. Não tomava café da manhã. Almoçava rápido e pouco. Pulava a salada, sempre. Durante à tarde, meu lanche favorito era pastel de queijo seguido de "carolinas recheadas com doce de leite". Só jantava lá pelas 22:30 hs, quando as pequenas já tinham ido pra cama.
Essa era a hora do meu relax. Sentava na frente da TV e mandava ver na pizza, no macarrão, no lanche de pernil. Daí seguia tomando sorvete, comendo chocolate e de ceia, uma taça generosa de morango com cobertura extra de leite condensado, olha o nível.
Eu juro, gente, que era assim!
Quando Alice estava com quase 10 meses, comecei a sentir uma dor esquisita do lado direito da bacia. A princípio achei que era a posição que eu estava dormindo. Mas a dor foi ficando, ando, ando.
Contei pro Marcão e o marido me levou no ortopedista.
Exame daqui, RX dali e nada.
O diagnóstico: estava com 14 kg acima do peso ideal e meu corpo estava dando os primeiros sinais de que essa vida louca vidaaaa também poderia ser perigosa.
Fiz alguns exames e o colesterol e cia também estavam fora do cabo.
Candidata a ter diabétes, tamanha a quantidade de açúcar que ingeria por dia.
Foi aí que o doutor olhou pra mim e sentenciou:
"Dani, a Alice já está com 10 meses, você não acha que está na hora de se cuidar? Você tem duas opções: tomar remédio ou emagrecer. Se optar pela segunda, vá a uma nutricionista, faça reeducação alimentar e caminhe. As ruas estão aí, abertas, 24 horas por dia. E o tempo, ah, o tempo você encontra!"
Senti vontade de chorar, tamanha a verdade que me foi jogada na cara!
E chorei, acho que a noite inteira. Senti medo de morrer, de deixar as meninas, o Marcão, minha mãe...
(ah, minha proporção dramática!!!)
Acordei arrasada.
Liguei pra nutricionista e marquei consulta.
Tirei o par de tênis do fundo do guarda roupa.
Comprei alface e maçã.
No final do dia, deixei as meninas com a minha mãe, abri a porta de casa e fui...
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