Como todo bom enredo, o meu também tem seus "extras" (olha, como ando convencida, meu povo!)
Então vamos lá!
* Posso mandar minha dieta por e-mail, como já disse antes, mas esse regime foi feito para mim, minhas necessidades, meus horários, minhas preferências. Aconselho o acompanhamento nutricional, porque elas entendem do que fazem e eu, bom, eu só obedeci! Rarara!
* Não. Não é fácil abandonar a casa, as meninas, o Marcão e sair por aí correndo. Isso tudo envolve uma logística danada. Tenho que contar com a boa vontade de um monte de gente, em especial da minha mãe, para ficar com as meninas para que eu possa treinar.
Envolve também a superação do sentimento de culpa que sinto ao abandoná-las para fazer uma atividade sozinha (sou egoísta?). Isso eu venho trabalhando ainda. Questão não muito superada, confesso.
Mas quando o assunto é atividade física, disciplina é tudo - o que ameniza a culpa, tem dia...
* Além da corrida, faço hoje musculação 3 vezes por semana com orientação de um profissional. Fui parar aí porque senti necessidade de fortalecer meu corpo para melhorar o desempenho nas pistas.
Acho chato ficar trancada na academia levantando ferro. Me dá claustrofobia. Me dá calor. Me dá um siricutico. Enquanto fica me dando tudo isso, passa a hora e pronto, já acabou a aula.
Mas uma coisa eu não posso negar: o resultado é bom. Quatro meses depois, comecei a enxergar meus musculinhos desaparecidos.
Ah...e as celulites sumiram! Olha que coisa do outro mundo, gente!
* Não preciso nem dizer que isso tudo dá um "up"na nossa auto estima, preciso? Entrar num 38, depois, assim, de uns 10 anos, é MUITO LEGAL!
* Não, a barriga ainda não sumiu. Diminuiu pra caramba, mas ainda encontra-se habitando meu corpo.
Tenho para mim que essa vai ser a parte mais difícil do negócio. Mas não impossível. Me dei dois anos pra ver como ela vai ficar. Depois disso, se a pança ainda existir, a nutricionista e o treinador pagarão a plástica. Já tá tudo combinado. (mentira!!!!). Do jeito que eu amo injeção, é muito muito pouco provável que encare isso.
* Já fiz uma prova de 10 km em agosto e domingo encaro de novo esse percurso. Em 2013 estarei na São Silvestre e em 2014 na meia maratona do Rio. E em 2016 serei convocada para as Olimpíadas (tem time da terceira idade nas olimpíadas?).
Agora vamos aos beijos e agradecimentos especiais:
Marcão, Nina e Alicinha, por tudo e para sempre, meus amores, minha vida!
Minha mãe, minha irmã, minha sogra e sogro, pela incrível ajuda com as meninas!
Minha nutricionista Claudinha Lago, obrigada por abrir meus olhos e fechar minha boca!
Meu treinador, Silvio Mariano, pelo exemplo de disciplina, pela competência e pelo incentivo! Valeu tio!
Pra turma da corrida: Paula, Simone, Silvana, Fabiana, Fábio, Marcelo, Toni, Gabriel, Ciça da titia, Mishima, Gabi, Bia, Paulo, Camila, Vivi, Marta e todo mundo (eu sabia que iria esquecer de alguém!!!), vocês são meus ídolos! Run forever!
Beijo!
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Final: é isso!
1986, outubro
São Joaquim da Barra
Final do vôlei feminino nos jogos regionais
E a partida estava difícil. Bola lá, bola cá. Ponto pra gente, ponto pra elas.
No banco de reserva olhava para quadra e só via gigantes.
Meu coração batia tão forte.
Último set, 12 a 12.
"Vai, baixinha", disse o Sr. João Zancopé, nosso técnico, olhando pra mim.
Entrei na quadra tremendo. Saquei e ponto.
Saquei de novo. Novo ponto.
Saquei e errei.
Fui para o meio da quadra, levantei a bola prendendo a respiração e torcendo com todas as minhas forças, pra menina cortar e fazer o ponto final.
Acho que rezei tanto naquele momento que a bola parecia estar em câmera lenta. Quando ela finalmente caiu no chão, fiquei inerte, extasiada, perto da rede. Fui atropelada pelo abraço da amiga, do time inteiro, que se jogou no chão para comemorar.
Não me contive!
Que legal! Que legal!
************
1989, dezembro
Sales Oliveira
Apresentação de final de ano da escola de dança
Pela primeira vez lá estava eu, na frente das meninas, protagonizando a coreografia.
As cortinas se abriram e eu só lembrava da Tia Beth dizendo "sorria, sempre".
A música começou.
Dança, ritmo, giro e saltos.
Deixei me levar pelo som, pela alegria de estar ali e pelos aplausos.
No final dei um salto e lembro de ter ficado alguns segundos no ar.
Quando acabou estava ofegante.
Procurei o olhar da minha mãe na platéia. Ela se levantou e pôs-se de pé para aplaudir.
O coração ficou pequeno e eu só consegui sorrir ainda mais.
************
2012, 02 de junho
Ribeirão Preto
2a. Meia Maratona de Ribeirão Preto
Corre Marcos! Perdi a hora! Não dá tempo de tomar café da manhã. Esquece! Acorda se veste e me leva: assim começou o dia da minha primeira prova de rua.
Às 8:15 da manhã fui me enfiando no meio dos corredores até achar um lugar pra mim, ali, no meio da multidão.
A contagem regressiva começa. No cinco já senti meu coração batendo do peito, olha que pleonasmo.
Que energia era aquela!
E vamos lá!
A prova foi deliciosa. Percurso plano, pelo centro velho de Ribeirão, lugares que eu só tinha visto de dentro do carro, no trânsito infernal.
Nos últimos metros, olho pro relógio e confiro o tempo. Levanto a cabeça e avisto a chegada.
Entro nos últimos metros e encontro o olhar do Marcão.
Ele ri e torce, assim, com as mãos levantadas.
Chego a ver uma pontinha de emoção no rosto dele.
Atravesso a faixa e corro para abraça-lo. Cansada, emocionada e extremamente feliz.
Consegui!
FIM.
São Joaquim da Barra
Final do vôlei feminino nos jogos regionais
E a partida estava difícil. Bola lá, bola cá. Ponto pra gente, ponto pra elas.
No banco de reserva olhava para quadra e só via gigantes.
Meu coração batia tão forte.
Último set, 12 a 12.
"Vai, baixinha", disse o Sr. João Zancopé, nosso técnico, olhando pra mim.
Entrei na quadra tremendo. Saquei e ponto.
Saquei de novo. Novo ponto.
Saquei e errei.
Fui para o meio da quadra, levantei a bola prendendo a respiração e torcendo com todas as minhas forças, pra menina cortar e fazer o ponto final.
Acho que rezei tanto naquele momento que a bola parecia estar em câmera lenta. Quando ela finalmente caiu no chão, fiquei inerte, extasiada, perto da rede. Fui atropelada pelo abraço da amiga, do time inteiro, que se jogou no chão para comemorar.
Não me contive!
Que legal! Que legal!
************
1989, dezembro
Sales Oliveira
Apresentação de final de ano da escola de dança
Pela primeira vez lá estava eu, na frente das meninas, protagonizando a coreografia.
As cortinas se abriram e eu só lembrava da Tia Beth dizendo "sorria, sempre".
A música começou.
Dança, ritmo, giro e saltos.
Deixei me levar pelo som, pela alegria de estar ali e pelos aplausos.
No final dei um salto e lembro de ter ficado alguns segundos no ar.
Quando acabou estava ofegante.
Procurei o olhar da minha mãe na platéia. Ela se levantou e pôs-se de pé para aplaudir.
O coração ficou pequeno e eu só consegui sorrir ainda mais.
************
2012, 02 de junho
Ribeirão Preto
2a. Meia Maratona de Ribeirão Preto
Corre Marcos! Perdi a hora! Não dá tempo de tomar café da manhã. Esquece! Acorda se veste e me leva: assim começou o dia da minha primeira prova de rua.
Às 8:15 da manhã fui me enfiando no meio dos corredores até achar um lugar pra mim, ali, no meio da multidão.
A contagem regressiva começa. No cinco já senti meu coração batendo do peito, olha que pleonasmo.
Que energia era aquela!
E vamos lá!
A prova foi deliciosa. Percurso plano, pelo centro velho de Ribeirão, lugares que eu só tinha visto de dentro do carro, no trânsito infernal.
Nos últimos metros, olho pro relógio e confiro o tempo. Levanto a cabeça e avisto a chegada.
Entro nos últimos metros e encontro o olhar do Marcão.
Ele ri e torce, assim, com as mãos levantadas.
Chego a ver uma pontinha de emoção no rosto dele.
Atravesso a faixa e corro para abraça-lo. Cansada, emocionada e extremamente feliz.
Consegui!
FIM.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Terceira Parte: Firework
Resumo da ópera: 90 dias depois estava 10 kg mais magra, resultado da combinação tradicional de reeducação alimentar e caminhada.
Tarefa cumprida. E agora?
E aí que essa vida saudável te pega de jeito e vicia. Mais que o leite condensado duplo (olha ele aí de novo minha gente!).
A vontade de comer doces desesperadamente passou ali, na metade do regime.
Comer de 3 em 3 horas ficou habitual, cotidiano. Tomar muita água idem, idem!
Passei a enxergar a atividade física com prazer e não como obrigação.
Ohhhhh!
Mais ohhhhhhh!
Como foi que isso aconteceu? Você podem estar se perguntando...
Nem eu sei!
A coisa foi indo, fui pegando gosto, deixou de ser sacrificante, deixou de ser chato, ficou legal, ficou demais, virou indispensável, como é que eu vivi sem isso?
Eu estava com tanta disposição para me exercitar, 3 meses depois de ter iniciado meu projeto, que precisava canalizar aquilo de algum jeito.
As caminhadas começavam a ficar meio sem graça, porque gosto mesmo é de sentir o suor escorrendo pela testa.
Precisava encarar subidas ou caminhos muito longos e demorados para não me entediar.
Foi aí que descobri a corrida, em março deste ano.
Na primeira aula quase morri! Fiz um percurso de mais ou menos 800 metros, divido em 4 partes. Corria 200m, andava 200m. Oito vezes. Quando acabou a aula, tava cansada sim, mas com uma vontade imensa de voltar, olha que coisa esquisita!
As aulas eram (são) em grupo. Ficava olhando as meninas correrem 5, 6 km e pensava que nunca iria conseguir fazer aquilo na vida.
Tava errada.
No final de abril já conseguia cumprir o percurso sem andar e fui promovida.
O treinador olhou pra mim e com um gesto de "vai" mandou que eu acompanhasse as outras meninas (turma de elite, minhas ídolas até hoje).
Pela primeira vez eu corria 5 km.
Fim de treino, entrei no carro, abri os vidros, coloquei Katy Perry pra tocar.
E aí veio aquela sensação que só quem corre sabe dá no final do percurso.
Não resisti e acompanhei a música,
Tarefa cumprida. E agora?
E aí que essa vida saudável te pega de jeito e vicia. Mais que o leite condensado duplo (olha ele aí de novo minha gente!).
A vontade de comer doces desesperadamente passou ali, na metade do regime.
Comer de 3 em 3 horas ficou habitual, cotidiano. Tomar muita água idem, idem!
Passei a enxergar a atividade física com prazer e não como obrigação.
Ohhhhh!
Mais ohhhhhhh!
Como foi que isso aconteceu? Você podem estar se perguntando...
Nem eu sei!
A coisa foi indo, fui pegando gosto, deixou de ser sacrificante, deixou de ser chato, ficou legal, ficou demais, virou indispensável, como é que eu vivi sem isso?
Eu estava com tanta disposição para me exercitar, 3 meses depois de ter iniciado meu projeto, que precisava canalizar aquilo de algum jeito.
As caminhadas começavam a ficar meio sem graça, porque gosto mesmo é de sentir o suor escorrendo pela testa.
Precisava encarar subidas ou caminhos muito longos e demorados para não me entediar.
Foi aí que descobri a corrida, em março deste ano.
Na primeira aula quase morri! Fiz um percurso de mais ou menos 800 metros, divido em 4 partes. Corria 200m, andava 200m. Oito vezes. Quando acabou a aula, tava cansada sim, mas com uma vontade imensa de voltar, olha que coisa esquisita!
As aulas eram (são) em grupo. Ficava olhando as meninas correrem 5, 6 km e pensava que nunca iria conseguir fazer aquilo na vida.
Tava errada.
No final de abril já conseguia cumprir o percurso sem andar e fui promovida.
O treinador olhou pra mim e com um gesto de "vai" mandou que eu acompanhasse as outras meninas (turma de elite, minhas ídolas até hoje).
Pela primeira vez eu corria 5 km.
Fim de treino, entrei no carro, abri os vidros, coloquei Katy Perry pra tocar.
E aí veio aquela sensação que só quem corre sabe dá no final do percurso.
Não resisti e acompanhei a música,
"Baby you're a firework
Come on let your colors burst
Make 'em go "Ah, ah, ah!"
You're gonna leave them all in "awe, awe, awe
Boom, boom, boom
Even brighter than the moon, moon, moon
Boom, boom, boom
Even brighter than the moon, moon, moon"
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Segunda parte: Rehab
Encarei a moça e confessei minha dieta. Não neguei nada, até mesmo o caso do leite condensado duplo foi escancarado. Tinha que ser assim.
Pergunta dali, pergunta daqui, mede dali, mede daqui, pesa.
Saí da primeira consulta com uma recomendação simples: tentar mudar meu estilo de comer, porque eu já tinha tomado consciência do que fazia de errado.
Minha primeira atitude foi vasculhar a casa e tirar de vista todo e qualquer alimento tentador. Doei o pote de sorvete, a caixa de bombom, o torresmo.
Coloquei no lugar muita fruta, verdura e legume.
Continuei caminhando cerca de 30 minutos, todos os dias, ainda com dor na bacia e morrendo de medo de morrer (ahhhhhh! nova pausa dramática!)
Quando voltei na nutricionista, depois de uma semana dessa nova vida, tinha perdido 2 kg!
Fiquei animadona, cara!
E aí comecei a seguir, rigorosamente, a dieta feita pela doutora.
Não vou ficar transcrevendo aqui o regime, porque é chato pacas escrever e ler esse tipo de coisa (1 colher de sopa disso, 1/2 xic. daquilo...afff !!!), mas, se alguém se interessar posso mandar por e-mail.
Em resumo, as regras eram claras, Arnaldo:
1. comer com intervalos máximos de 3 horas.
2. beber pelo menos 4 litros de água.
3. trocar a porcaria toda por coisa saudável
4. reduzir quantidades
5. continuar caminhando
A coisa foi fluindo, porque achei fácil seguir. Taí uma sacada e tanto da nutricionista. Ela não tentou incluir no cardápio, pelo menos nos dois primeiros meses, coisas que eu não tinha o hábito de comer. Trocou o pão francês inteiro com salame e queijo prato, por meio pão sem miolo com peito de peru e uma fatia de mussarela, entenderam? Como não estava acostumada, não me entupiu de chia, amaranto e soja, assim, de cara.
Se eu disser que passei fome durante o regime, minto. Esse negocinho de comer de 3 em 3 horas não deixa aquela fome monstra "se eu não comer muito agora aquele lanche com baicon eu vou morrer" aparecer.
E, acreditem, acelera o metabolismo, fazendo com que a perda de peso seja maior.
Até testei pra ver se isso era lenda urbana. Na semana em que apenas tomei café, almocei e jantei, perdi bem menos gramas.
O negócio pegou mesmo foi com a ausência de doce.
A doida aqui botou na cabeça que estava viciada em açúcar e que a única maneira de parar com isso era zerar a quantidade de doce por dois meses.
E aí, minha filha, foi pesado.
Me deu dor de cabeça de tanta vontade de comer pudim. Sonhava que tava tomando sorvete. Cheirava o brigadeiro da minha mãe.
Fui resistindo, dia após dia, bem no estilo "doçólatra anônima", até que passou...
Ao mesmo tempo mantive a rotina das caminhadas diárias.
Comecei com 30 minutos. Todo santo dia.
Fui aumentando até que no final do primeiro mês caminhava 60 minutos.
Não, isso não é mágico.
Cansava pra caramba! Tive vontade de mandar o tênis, os minutos, o mundo, às favas! Muitas e muitas vezes.
O prazer da atividade física não é instantâneo. Pelo menos comigo, sedentária nata, não foi.
Aconteceu devagar. Dependeu de muita engenharia, boa vontade de gente querida (pra ficar com as meninas, pra fazer o jantar, pra me fazer companhia durante a caminhada, pra suportar ficar sem chocolate em casa) e disciplina, que tirava, sei lá da onde!
Lembro de estar caminhando num final de tarde, vi que iria cair uma chuva daquelas, mas segui o caminho. Quando a água finalmente caiu, não apressei o passo.
Precisava daquele banho de vida.
Pergunta dali, pergunta daqui, mede dali, mede daqui, pesa.
Saí da primeira consulta com uma recomendação simples: tentar mudar meu estilo de comer, porque eu já tinha tomado consciência do que fazia de errado.
Minha primeira atitude foi vasculhar a casa e tirar de vista todo e qualquer alimento tentador. Doei o pote de sorvete, a caixa de bombom, o torresmo.
Coloquei no lugar muita fruta, verdura e legume.
Continuei caminhando cerca de 30 minutos, todos os dias, ainda com dor na bacia e morrendo de medo de morrer (ahhhhhh! nova pausa dramática!)
Quando voltei na nutricionista, depois de uma semana dessa nova vida, tinha perdido 2 kg!
Fiquei animadona, cara!
E aí comecei a seguir, rigorosamente, a dieta feita pela doutora.
Não vou ficar transcrevendo aqui o regime, porque é chato pacas escrever e ler esse tipo de coisa (1 colher de sopa disso, 1/2 xic. daquilo...afff !!!), mas, se alguém se interessar posso mandar por e-mail.
Em resumo, as regras eram claras, Arnaldo:
1. comer com intervalos máximos de 3 horas.
2. beber pelo menos 4 litros de água.
3. trocar a porcaria toda por coisa saudável
4. reduzir quantidades
5. continuar caminhando
A coisa foi fluindo, porque achei fácil seguir. Taí uma sacada e tanto da nutricionista. Ela não tentou incluir no cardápio, pelo menos nos dois primeiros meses, coisas que eu não tinha o hábito de comer. Trocou o pão francês inteiro com salame e queijo prato, por meio pão sem miolo com peito de peru e uma fatia de mussarela, entenderam? Como não estava acostumada, não me entupiu de chia, amaranto e soja, assim, de cara.
Se eu disser que passei fome durante o regime, minto. Esse negocinho de comer de 3 em 3 horas não deixa aquela fome monstra "se eu não comer muito agora aquele lanche com baicon eu vou morrer" aparecer.
E, acreditem, acelera o metabolismo, fazendo com que a perda de peso seja maior.
Até testei pra ver se isso era lenda urbana. Na semana em que apenas tomei café, almocei e jantei, perdi bem menos gramas.
O negócio pegou mesmo foi com a ausência de doce.
A doida aqui botou na cabeça que estava viciada em açúcar e que a única maneira de parar com isso era zerar a quantidade de doce por dois meses.
E aí, minha filha, foi pesado.
Me deu dor de cabeça de tanta vontade de comer pudim. Sonhava que tava tomando sorvete. Cheirava o brigadeiro da minha mãe.
Fui resistindo, dia após dia, bem no estilo "doçólatra anônima", até que passou...
Ao mesmo tempo mantive a rotina das caminhadas diárias.
Comecei com 30 minutos. Todo santo dia.
Fui aumentando até que no final do primeiro mês caminhava 60 minutos.
Não, isso não é mágico.
Cansava pra caramba! Tive vontade de mandar o tênis, os minutos, o mundo, às favas! Muitas e muitas vezes.
O prazer da atividade física não é instantâneo. Pelo menos comigo, sedentária nata, não foi.
Aconteceu devagar. Dependeu de muita engenharia, boa vontade de gente querida (pra ficar com as meninas, pra fazer o jantar, pra me fazer companhia durante a caminhada, pra suportar ficar sem chocolate em casa) e disciplina, que tirava, sei lá da onde!
Lembro de estar caminhando num final de tarde, vi que iria cair uma chuva daquelas, mas segui o caminho. Quando a água finalmente caiu, não apressei o passo.
Precisava daquele banho de vida.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Medida Certa by Dani! Primeira parte: caindo na real...
Inspirada pelo tema da semana lá no Mamatraca (vai lá, tem coisa boa, sempre!), decidi vir aqui contar sobre o que mudou na minha vida depois de virar mãe.
Mudança física, sabem. Porque, sim, elas existem, não há quem negue isso (talvez a Claudinha Leite ou a mulher do Kaká, que apareceram lindas, loiras e sem barriga na capa da revista segundos depois de parir...)
Vamos lá?!
Bom, vou começar do começo. Ririri (isso parece risada do Nilo da novela...credo!)
Quando engravidei da Nina estava com uns 5 kg acima do peso que considero legal pra mim. É, você casa e leva aquela vida de massa, sorvete e cerveja e aí, já viu, né, passava longe da alface.
Engordei cerca de 10 kg durante a gestação. Paciente exemplar, segundo o doutor.
Não emagreci tudo assim de repente. Acho que perdi uns 7kg e só, de modos que, quando fiquei grávida de novo, estava mais "cheinha" que a primeira vez.
De novo engordei cerca de 10, 11 kg na gravidez da Alicinha.
Ela nasceu e eu não sequei amamentando.
Ao contrário, eu tinha muita fome. Fome "gorda". Tudo que eu queria era mandar pra dentro um rondele quatro queijos e tomar banana split de sobremesa, além dos 5, 6 litros de água (essa era a parte magra da minha vida!)
Outra coisa: queria muito amamentar a Alice ad infinitum. Tudo que pudesse causar algum risco ao meu intento, era abominado. Exercício físico, por exemplo. Li em algum lugar nesse mundo google que atividade física poderia soltar uma substância no leite que o tornaria ácido para o bebê e causar o desmame. Gelei. Nada de esteira então, ainda que soubesse da grande probabilidade disso que eu acabei de falar ser uma grande lenda!
Ah...mas querem saber? Eu não estava nem aí pra emagrecer nessa época!
Nem lembrava disso!
E seguir nessa vida era bom demais, convenhamos! Eu tinha a desculpa perfeita para não comer bem e nem me exercitar.
Caí na malandragem meu povo!
Como tinha o dia super corrido fazia tudo errado. Não tomava café da manhã. Almoçava rápido e pouco. Pulava a salada, sempre. Durante à tarde, meu lanche favorito era pastel de queijo seguido de "carolinas recheadas com doce de leite". Só jantava lá pelas 22:30 hs, quando as pequenas já tinham ido pra cama.
Essa era a hora do meu relax. Sentava na frente da TV e mandava ver na pizza, no macarrão, no lanche de pernil. Daí seguia tomando sorvete, comendo chocolate e de ceia, uma taça generosa de morango com cobertura extra de leite condensado, olha o nível.
Eu juro, gente, que era assim!
Quando Alice estava com quase 10 meses, comecei a sentir uma dor esquisita do lado direito da bacia. A princípio achei que era a posição que eu estava dormindo. Mas a dor foi ficando, ando, ando.
Contei pro Marcão e o marido me levou no ortopedista.
Exame daqui, RX dali e nada.
O diagnóstico: estava com 14 kg acima do peso ideal e meu corpo estava dando os primeiros sinais de que essa vida louca vidaaaa também poderia ser perigosa.
Fiz alguns exames e o colesterol e cia também estavam fora do cabo.
Candidata a ter diabétes, tamanha a quantidade de açúcar que ingeria por dia.
Foi aí que o doutor olhou pra mim e sentenciou:
"Dani, a Alice já está com 10 meses, você não acha que está na hora de se cuidar? Você tem duas opções: tomar remédio ou emagrecer. Se optar pela segunda, vá a uma nutricionista, faça reeducação alimentar e caminhe. As ruas estão aí, abertas, 24 horas por dia. E o tempo, ah, o tempo você encontra!"
Senti vontade de chorar, tamanha a verdade que me foi jogada na cara!
E chorei, acho que a noite inteira. Senti medo de morrer, de deixar as meninas, o Marcão, minha mãe...
(ah, minha proporção dramática!!!)
Acordei arrasada.
Liguei pra nutricionista e marquei consulta.
Tirei o par de tênis do fundo do guarda roupa.
Comprei alface e maçã.
No final do dia, deixei as meninas com a minha mãe, abri a porta de casa e fui...
Mudança física, sabem. Porque, sim, elas existem, não há quem negue isso (talvez a Claudinha Leite ou a mulher do Kaká, que apareceram lindas, loiras e sem barriga na capa da revista segundos depois de parir...)
Vamos lá?!
Bom, vou começar do começo. Ririri (isso parece risada do Nilo da novela...credo!)
Quando engravidei da Nina estava com uns 5 kg acima do peso que considero legal pra mim. É, você casa e leva aquela vida de massa, sorvete e cerveja e aí, já viu, né, passava longe da alface.
Engordei cerca de 10 kg durante a gestação. Paciente exemplar, segundo o doutor.
Não emagreci tudo assim de repente. Acho que perdi uns 7kg e só, de modos que, quando fiquei grávida de novo, estava mais "cheinha" que a primeira vez.
De novo engordei cerca de 10, 11 kg na gravidez da Alicinha.
Ela nasceu e eu não sequei amamentando.
Ao contrário, eu tinha muita fome. Fome "gorda". Tudo que eu queria era mandar pra dentro um rondele quatro queijos e tomar banana split de sobremesa, além dos 5, 6 litros de água (essa era a parte magra da minha vida!)
Outra coisa: queria muito amamentar a Alice ad infinitum. Tudo que pudesse causar algum risco ao meu intento, era abominado. Exercício físico, por exemplo. Li em algum lugar nesse mundo google que atividade física poderia soltar uma substância no leite que o tornaria ácido para o bebê e causar o desmame. Gelei. Nada de esteira então, ainda que soubesse da grande probabilidade disso que eu acabei de falar ser uma grande lenda!
Ah...mas querem saber? Eu não estava nem aí pra emagrecer nessa época!
Nem lembrava disso!
E seguir nessa vida era bom demais, convenhamos! Eu tinha a desculpa perfeita para não comer bem e nem me exercitar.
Caí na malandragem meu povo!
Como tinha o dia super corrido fazia tudo errado. Não tomava café da manhã. Almoçava rápido e pouco. Pulava a salada, sempre. Durante à tarde, meu lanche favorito era pastel de queijo seguido de "carolinas recheadas com doce de leite". Só jantava lá pelas 22:30 hs, quando as pequenas já tinham ido pra cama.
Essa era a hora do meu relax. Sentava na frente da TV e mandava ver na pizza, no macarrão, no lanche de pernil. Daí seguia tomando sorvete, comendo chocolate e de ceia, uma taça generosa de morango com cobertura extra de leite condensado, olha o nível.
Eu juro, gente, que era assim!
Quando Alice estava com quase 10 meses, comecei a sentir uma dor esquisita do lado direito da bacia. A princípio achei que era a posição que eu estava dormindo. Mas a dor foi ficando, ando, ando.
Contei pro Marcão e o marido me levou no ortopedista.
Exame daqui, RX dali e nada.
O diagnóstico: estava com 14 kg acima do peso ideal e meu corpo estava dando os primeiros sinais de que essa vida louca vidaaaa também poderia ser perigosa.
Fiz alguns exames e o colesterol e cia também estavam fora do cabo.
Candidata a ter diabétes, tamanha a quantidade de açúcar que ingeria por dia.
Foi aí que o doutor olhou pra mim e sentenciou:
"Dani, a Alice já está com 10 meses, você não acha que está na hora de se cuidar? Você tem duas opções: tomar remédio ou emagrecer. Se optar pela segunda, vá a uma nutricionista, faça reeducação alimentar e caminhe. As ruas estão aí, abertas, 24 horas por dia. E o tempo, ah, o tempo você encontra!"
Senti vontade de chorar, tamanha a verdade que me foi jogada na cara!
E chorei, acho que a noite inteira. Senti medo de morrer, de deixar as meninas, o Marcão, minha mãe...
(ah, minha proporção dramática!!!)
Acordei arrasada.
Liguei pra nutricionista e marquei consulta.
Tirei o par de tênis do fundo do guarda roupa.
Comprei alface e maçã.
No final do dia, deixei as meninas com a minha mãe, abri a porta de casa e fui...
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
lKimrnngpahggiiinreyw
Alicinha fez aniversário ontem. Um ano e oito meses, em dia de eleição pra prefeito.
Tá uma coisa de gostosa.
Porque, sim, essa fase do "falatório" é a mais bonitinha de todas!
Claro que achei lindo quando ela sentou, chorei quando ela andou, morri de amor quando ela deu seu primeiro sorriso pra mim. Mas ....ah...como eu amo essa hora das conversas!!!
Agora ela não fala mais "mamã", mas sim : "te amo mamainnnn", "telo água mamainnnnn", "dá o belo mamainnnn"!
E: "Oi Ninaaaaa". Porque o Nina sempre sai assim, com essa entonação toda no "naaaaaaaaa".
Já sabe o nome de todos os amiguinhos da escola: tem o "Fan", a "Pipia", a "Zulia", a "Duda" e o Zoão" e a tia "Tatá"!
Quando está com sede diz "télo água". Aliás, eu acho que ela acha que a palavra é essa "téloágua", tudo junto desse jeito!
Canta atirei o pau no gato inteirinha....dizendo "D. Kika, ká, ká..."
E começa todas as histórias que conta com "aí né..."
Ah...até mesmo quando ela não sabe conversar, Alicinha, dá seu jeito: fala um monte de "ksmmifnvgbnapmeournn", balança a cabeça fazendo que "sim" e diz, "né?!".
É sim filha!
É sim!
Muac!
E começa todas as histórias que conta com "aí né..."
Ah...até mesmo quando ela não sabe conversar, Alicinha, dá seu jeito: fala um monte de "ksmmifnvgbnapmeournn", balança a cabeça fazendo que "sim" e diz, "né?!".
É sim filha!
É sim!
Muac!
Assinar:
Postagens (Atom)