...para mudar de assunto aqui no blog.
Resolvi dar essa pausa no tema "mamãe, bebê & afins", porque, desde ontem, ando incomodada, precisando colocar pra fora umas coisas aí.
Seguinte: fui ver o filme "Tropa de Elite 2" e saí de lá como se estivesse levado um grande puxão de orelha da realidade.
Quem não viu, corre, porque, é um filmaço - não vi nenhum crítico de cinema falar mal.
O filme mostra, em resumo, que os bandidos, a polícia e os políticos, são tudo farinha do mesmo saco.
Não, isso não é nenhuma novidade pra mim, nem pra vocês.
Mas o filme escancara essa história e terminou por jogar na minha, que eu não faço nada contra isso, contra o "sistema" como eles dizem no filme.
Gente, sabe o que eu fiz, até hoje, para mudar alguma coisa nesse mundo: pintei minha cara na época do impeachment do Collor e assinei o projeto de lei do "Ficha Limpa", porque fiquei sabendo dele através do blog da Rô.
Só.
Nem lembrava mais quem era o deputado federal que eu tinha votado na última eleição. Nem do deputado estadual.
Vivi, até agora, assim, à margem do que está acontecendo.
E olha que eu não sou tão leiga assim. Sou advogada, sei como funciona o processo eleitoral, tenho o dever de me atualizar sobre novas leis, leio a Veja, a Isto é, o Valor Econômico e a Folha, mas, me sinto a mais "Tiririca" de todas, ao perceber minha ignorância e minha inércia frente à questões políticas desse país.
Não adianta nada ler esse tanto de notícia sobre CPI disso ou daquilo e continuar aqui sentada, preocupada se vou conseguir ganhar aquele processo ou se a separação do casal vai ser consensual.
Eu tinha que ter participado. Ter cobrado. Tinha que ter ligado para deputado, feito a Rô.
O pior comportamento foi o meu: ficar quieta, assistindo tudo de cima do muro.
E como eu, sei que tem muita gente.
O meu (nosso?) silêncio contribuiu para que o Garotinho fosse o segundo deputado federal mais votado nesse país.
Se eu tivesse botado a boca no trombone, cobrado do prefeito o pavimento das ruas esburacadas, acho que, hoje, não estaria assim.
Chego a conclusão de que, minha inércia, contribui para a perpetuação do chamado "sistema". Eu fomento a corrupção, a malandragem e sou co-autora do tiro que inocentes levam na cara, no meio da rua, todos os dias.
Precisei ver o filme para acordar.
Não quero mais issso pra mim, nem pra minha família, nem pra ninguém.
Fim.
Tenho o dever de cobrar, de exigir lisura e posturas. E eu vou.
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