segunda-feira, 11 de julho de 2011

Amamentando Nina



Fatalmente.
Foi essa a resposta que ouvi do pediatra da Nina quando perguntei se, dando o leite artificial por ele recomendado, ela iria largar o peito.
Com 5 meses, por orientação médica (de dois pediatras) introduzi o Nan, porque a Nina não estava engordando o suficiente, como me diziam na época. Três meses depois, com 8, ela já não mamava mais em mim e tinha virado fã da mamadeira. A profecia do pediatra tinha, enfim, se concretizado.
E ela? Estava engordando o suficiente com esse mix de papinha + frutas + sucos + Nan?
- BUUUUUUUUUUUUUUUUUU !!!!!!
- NÃO.
Continuou seguindo a linha de sua "curva de crescimento". E continua até hoje. Com 2 anos e 11 meses, pesa 12,200 kg e mede 96 cm, minha Bundchen.
Sempre foi precoce. Engatinhou com 6 meses, andou com 10. Com 1 ano e meio falava de tudo.
Mas nunca foi comilona e cheia de dobrinhas.
E aí, eu me pergunto: porque segui a orientação do pediatra e dei Nan pra ela?
Acho que por uma série de motivos: via bebês da mesma idade com peso maior (sempre), pressão de todos os lados (avós, tias, enfim), por achar que ela poderia morrer desnutrida, por nunca ter tido um bebê antes e por não ter buscado maiores informações sobre o assunto.
Em resumo: desesperamos. Como é que a gente iria deixar nossa pequena passar fome? Eu até tentei lutar, busquei outro pediatra, que acabou dando o mesmo diagnóstico e orientação: Nan na criança. A amamentação exclusiva não estava mais surtindo os efeitos desejados pelos médicos, ela estava abaixo do peso para a idade.
E a esperteza dela?
"Não, mãe, isso não conta. O que vale é sabermos quantos ml de leite ela bebe".
Então, tá.
Vamos engordar a Nina, pensei.
Não foi fácil. Ela recusou mamadeira por uma semana. E eu, com os peitos vazando leite, tinha que insisitir com aquela tortura (chorei agora lembrando daqueles dias ...).
Mas depois pegou o negócio, e, logo logo não quis mais mamar no peito.
Foi nessa época que entrei pra blogosfera e aí, minha filha, um mundo se abriu pra mim (e um balde de água gelada caiu na minha cabeça!).
Eu poderia ter amamentado por mais tempo SIM.


(continua amanhã....com o capítulo 2 da história: amamentando Alice).

14 comentários:

Faça a Festa: sua festa com a sua cara! disse...

Nossa, menina, os médicos devem ganhar comissão deste leites... comigo tb foi assim. Só que eu "caí em mim" antes do Miguel largar o peito, parei de dar o leite artificial e inisiti no peito. E, para minha surpresa, quanto mais ele mamava, mais leite eu tinha e mais ele crescia! No ritmo dele, mas crescia! E ele mama até hoje, com 1 ano e 3 meses.

Tô ansiosa para ver copmo está sendo com Alice.

Abraços.

Anônimo disse...

Ai amiga que pena,da vontade de chorar quando vc fala que tentava dar mamadeira enquanto os peitos jorravam leite... ainnn que desperdício, rsrs!
Mas nós todas passamos por esta fase de extrema preocupação com o peso do baby, a realidade é que alguns vão engordar bastante com pouco ou muito leite, e outros vão engordar menos, não interessa se é o peito ou a mamadeira... cada criança tem uma natureza !!

E olha, pelo que descreveste, o peso dela está ótimo, a minha tem 2 anos e 9 meses e pesa 13 kg.
Quase a mesma coisa ! Só não sei a altura dela,rsrs !!!!

Abraço querida !!

Nine disse...

Como ex profissional da áera da saúde e já tendo trabalhando com venda de dietas e LA sei que os médicos ganham muito para prescreverem as fórmulas, ganham festas, ganham congressos, ganham viagens...é o maior negócio.

Mesmo sabendo disso e mesmo sabendo que a Ísis estava super bem e mamava legal, quando retornei ao trabalho morri de medo de ela "ficar com fome" na escolinha e passei a oferece 1 mamadeira de LA 1x ao dia. Dois meses depois ela estava desmamada, lógico!

Eu ainda não sabia da blogosfera e como vc, depois que entrei, um mundo novo de abriu para mim.

Beijos e aguardando a outra parte!
Nine

Roberta Lippi disse...

como a gente aprende nessa blogosfera, né, Dani? Também me senti outra pessoa na segunda gravidez. O bom é que ainda dá tempo de a gente não fazer de novo as mesmas coisas. Não dá pra voltar atrás no tempo, mas dá pra mudar o rumo daqui pra frente.
Beijos, querida, quero muito ler a continuação.

Empório Kadam disse...

É Dani, vivendo e aprendendo... como será q está sendo agora com a Alice?? Aposto que deve estar mais segura para tomar suas decisões, não é? um bjão em vcs tres! Su

Candice Reichert disse...

Concordo com a Alethéa, os médicos devem ganhar algo, fala sério...qd a Bibi tava com quase 30 dias o pediatra dela falou a mesma coisa, só que bati o pé e continuei só no peito, com uns 3 meses ela passou a ganahr mais peso e o pediatra disse:
- Viu como o Aptamil resolve?
Eu apenas disse que o meu"aptamil" tinha resolvido.
Já com o Mic eu comecei a dar uma mamadeira a noite e uma a tarde, pois o guri era esfomeado por demais, eu não conseguia suprir a fome dele.
Agora estou cuidando de minha sobrinha, dou 1 mamadeira de Nan para ela todo dia a tarde, a mamãe trabalha e volta só depois das 7 horas da noite, mas foi muito difícil de fazer ela pegar a mamadeira.

Beijinhos

Paula Ruas disse...

Aconteceu o mesmo comigo, Dani. Fico triste até hoje só de lembrar. =(

Amanda Lima disse...

Sabe o que é o mais engreçado? Cada vez mais temos crianças que comem bastante e não engordam... Algum palpite?
A Gabriela tem dois e seis meses e 11 kg. Fizemos alguns exames e, como deu tudo bem com hormônios e anemia, desencanamos.
Não cheguei a dar Nan para ela porque ela desmamou sozinha aos nove meses, e depois disso toma pouco leite, mas sempre o integral. Tenho muito preconceito com leite em pó, principalmente por que minha irmã tomou um mês enquanto estava na UTI, quatro anos atrás, e até hoje tem problema de prisão de ventre, sem qualquer motivo aparente. Segundo a pediatra, a única razão pode ter sido o leite.
Beijos

Fabi Alvim disse...

Ai que raiva que tenho de ver esses médicos tão despreparados por aí... a blogosfera também me trouxe muita experiência e força pra bater o pé e passar por cima de alguns "especialistas".
Até doeu ler do peito jorrando leite... imagino a sua dor na hora...

Aracéli e Paulo Carneiro disse...

Amamentação dá assunto né Dani?
Bom, eu consegui começar a amamentar graças ao seu incentivo e ao da Gina (lembra do meu desespero?), que me fizeram acreditar que daria certo! E deu!!!
Depois encontrei uma pediatra nota 1000, que incentiva suuuper e ensina! Ela acredita no ritmo de cada criança, tanto na amamentação quanto na introdução de alimentos...
Daí fiquei ouvindo (lá pelos 8 meses da Helena) que ela estava viciada no meu peito e que não largaria nunca! Desesperei, e então decidi começar a dar uma mamadeira por dia (hj me arrependo), e não foi fácil convencê-la! Resultado: decidi continuar com peito + mamadeira, o que durou até 1 ano!!!
Agora com o Emanuel tô mais tranquila, vou até quando ele quiser!!! E pelo jeito, acho que ele vai querer por muito tempo... Tomara!
Sabe Dani, quando nos tornamos mães, ficamos fragilizadas demais (eu fiquei e permaneço), querendo que tudo saia perfeito, e acabamos ouvindo conselhos de todo tipo!!! Até hj escuto cada absurdo... Mas estou ficando mais seletiva! Eu acho!!! (pra falar a verdade, não muito) hehehe...
Beijocas pra vcs 4!!!

Aracéli e Paulo Carneiro disse...

Ah! Comprei hj o presente de aniversário da Nina... Vamos mandar pela minha mãe! E aproveito pra mandar tb o de nascimento da Alice...
Estamos atrasados né? Mas foi por culpa da correria... Desculpe!
Bom, mas espero que elas gostem dos presentinhos dos priminhos daqui!!!
Beijos

Anna disse...

nossa Dani,

Quando leio um relato desses eu sinto tanta, mas tanta raiva desses médicos, que se um passar na minha frente eu acho que dou um beliscão.

Porque é isso mesmo que você falou: estamos sensíveis, muitas vezes é a nossa primeira vez, sofremos pressões dos familiares e eles lá, detém a informação e estão mais pra acionistas da Nestlé do que pra cuidadores de pessoas.

ai. fico com #sanguenozoio

Lia disse...

Não entra na minha cabeça a ideia de que o financiamento que a Nestlé dá aos médicos para participarem de congressos de pediatria, que a própria Nestlé patrocina, não tenha nada a ver com essa prescrição absurda e inconsequente de NAN para qualquer bebê que saia daquela curva bizarra, feita a partir de bebês americanos amamentados com fórmula. Que bom que com a Alice a história promete ser bem diferente.
P.S.: Eu tb caí na conversa de pouco ganho de peso com a Emília, mas pelo menos a consequência não foi o desmame, mas a introdução precoce de alimentos (5 meses e 10 dias). Acho que não fez mal pra ela - ela não comia nada mesmo -, mas pra mim foi péssimo, um estresse absolutamente desnecessário. Ela só começou a comer outras coisas com 7 meses.
Hoje ela está com 18 meses e pesa 10kg, mesmo sendo bem comprida.

Martha disse...

Dani... seu relato foi um tranquilizante para mim...
Tbm tenho uma model em casa... que segue uma linha suave na curva de crescimento, mas q se desenvolve muito bem.
Pelo Pediatra eu tbm teria dado Nan para ela desde os 6 meses.. mas eu insisti (agradeço a blogsfera) e ela mama até hj.
Hj ainda sofro com as criticas de que ela é magrinha, que não toma "Leite" suficiente... mas to aprendendo a entender o ritmo dela!

Fico feliz de que com Alice as coisas estão dando certo!

Bjnhos em vcs!

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