Eu beijo tanto minhas filhas que às vezes exagero e as deixo com as bochechas doloridas.
Tenho certeza que o cheiro das minhas meninas é o melhor que eu já senti nessa vida.
Eu limpo o restinho de pasta de dente que fica no canto da boca das meninas com saliva. Mas, ah..., pra quem me acompanha aqui no blog isso não é novidade! Já assumi isso há um ano atrás!
Eu agradeço à Deus toda vez que a Alice só mama por 10 minutos no peito de madrugada.
Aliás, não é em toda mamada da madrugada que eu seguro a Alice retinha, por meia hora, para esperar o arroto. Me sinto tão cansada às quatro da manhã que não espero nem cinco minutos para botar ela de ladinho no berço (alô Fá, pediatra querida das meninas...me perdoa, vai...)
Eu tô ganhando uma dor nas costas daquelas por pegar a Nina e a Alice no colo, juntas.
Eu deixo a Nina ficar brincando no chuveiro depois de já ter dado banho. Nessa hora, não penso nenhum pouco, no disperdício, no Greenpeace e cia. Penso sim, que, nos dez minutos que ela fica lá sozinha brincando, eu posso guardar todos os seus brinquedos, fazer a Alicinha dar risada e ainda lavar as mamadeiras.
Eu chorei muito, de dó da Nina, quando a Alice chegou em casa.
Na verdade, demorei uns quarenta dias para me centrar de novo quando a Alicinha chegou por aqui. Ficou tudo fora do lugar nesse período. Mas ainda bem que já passou.
Eu fico aflita para saber se a Alice tá engordando, se meu leite é forte e suficiente (apesar de saber que essa história de leite fraco é a maior bobeira da face da terra!)
Eu me desespero quando as meninas ficam doentes. Pra mim, 37,5 já é febrão. Nariz escorrendo pode ser pneumonia e vômito, ai, me tira umas 3 noites de sono.
Faço chantagem pra Nina comer. Se ela papar tudo ganha chocolate.
Depois que a Alice nasceu, teve dia (um dia!) que eu não tomei banho.
Quando saio pra passear no shopping volto com 10 sacolas de coisas para as meninas.
Minha casa é uma filial do Hopi Hari. Tem brinquedo em tudo quanto é lugar. Do banheiro ao quarto da Nina, passando pela sala e varanda.
Eu sinto falta dessa bagunça diária quando a Nina vai dormir na casa da minha mãe. Já me acostumei com essa farra. O silêncio me incomoda.
Eu não queria ter outra vida. Suspiro de amores pelas minhas meninas. Babo por cada gracinha ou conquista delas. Queria que o dia tivesse 100 horas para poder ficar mais tempo junto delas. E, continuo achando que o tempo anda passando rápido demais.
* post feito em adesão a blogagem coletiva sobre "maternidade real" de autoria da Carol Passuello. Dessa eu não podia ficar fora!