
Há uns dois meses ela começou a chorar quando eu a deixava, de manhã, na casa da minha mãe para vir trabalhar.
Ficava tristinha quando a colocava na cadeirinha do carro e ao chegar na vó, não queria sair do meu colo.
Fase?
Pode ser, ela tá mais do que acostumada a ficar com a minha mãe.
Mas isso começou a me fazer um mal danado. Culpa, culpa, culpa.
Se eu já chorava antes, quando ela ficava bem, agora eu vinha trabalhar aos prantos, todos os dias. Questionamentos sem fim.
Cheguei à conclusão que ela tava sentindo minha falta. E eu a dela. Que nós precisávamos conviver mais, nos ver por mais tempo e que só das 18:30 às 22:00 hs já não era mais suficiente.
Resolvemos, Marcão e eu, que a melhor solução para o nosso caso, era colocar a pequena na escola, durante o período da manhã. Desse jeito, ela almoçaria com a gente, tomava banho lá em casa, mamava e só depois, lá pelas 13:30 hs, rumaria para os braços da vó.
Pesquisamos algumas escolas e hoje, de manhã, Nina teve seu primeiro dia de aula.
No começo, se mostrou meio tímida. Dez minutos depois, já deu a mão para a Tia Cláudia e foi se divertir no escorregador, na casinha, na areia, tendo como platéia eu e o Má, boquiabertos com a facilidade com que ela havia se desgarrado da gente (isso é assunto para outro post!).
Fui buscá-la duas horas depois e ela tava no colo da tia lendo um livrinho. Não chorou durante o período em que ficou lá. Me chamou algumas vezes, mas logo se distraiu com os brinquedos e as outras crianças (fiz a tia jurar que isso era verdade!). Cantou parabéns para um coleguinha, tirou foto com a turma e comeu cachorro-quente.
Depois fomos prá casa. Almoçamos, brincamos e ela se mostrou extramamente feliz em estar ali do nosso lado, naquela hora. Cantava o tempo todo, dançava e corria atrás da Mel. Até a nossa funcionária notou a felicidade dela e comentou comigo.
Acho que fizemos a coisa certa, não só prá ela, mas para a gente, prá nossa família.
Tô feliz, gente! Confesso que não me sentia assim, em paz, há algum tempo.
Beijo, em especial para a Rô e para a Mãe do Pitoco, que fizeram ótimos e verdadeiros relatos sobre a introdução dos nossos bebês no mundo escolar. Valeu, molheres!