quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Aprendendo a ser mãe

Foi assim: Nina tava brincando em uma dessas mesas de atividade cheias de argolas, bolas, quadrados e triângulos. O priminho (Pipe de 8 meses), chegou e começou a brincar com algumas argolas que estavam sobre a mesa. Assim que ela o viu, jogou uma bola nele. Sentei do lado e expliquei que ela não podia fazer aquilo, já que ele apenas estava querendo brincar. Não adiantou. Ela jogou de novo a bola na cara dele. Nesta hora contei com a ajuda do pai. Ele se abaixou e disse que não era correto ela fazer aquilo com o primo pequeno, explicamos de novo que o Pipe poderia acabar se machucando e que ele tava só querendo brincar na mesinha também. Pela terceira vez ela jogou a bola nele.
Desta vez, tirei ela da mesa, coloquei no meu colo, de frente prá mim e, em tom firme, disse que aquilo que ela tava fazendo era errado e etc e tal. Nina arregalou um olhão, ficou me fitando por uns 30 segundos, quietinha e depois desceu do colo e foi brincar com as outras primas.
Foi a primeira vez que fiz isso. Nunca tinha repreendido ela com essa firmeza. Não é muito a minha cara agir assim. Bem por isso, porque não faz parte do meu jeito, me senti muito mal por ter sido tão rude com ela, uma bebê de um ano e poucos meses.
Sei lá, não achei certo. Deveria ter tido mais paciência, falado com calma, ou, quem sabe ter chamado a atenção dela para outra coisa. Sinceramente, acho que ela percebeu que eu perdi o controle, tanto que ficou ali no colo me olhando com uma carinha de "essa aí é mesmo a minha mãe?".
Estou me sentindo péssima por isso. Já pedi diversas desculpas para ela, beijei e abraçei muito a minha Nina, numa tentativa desesperada de apagar o que fiz. Acredito que talvez ela nem se lembre mais disso (aconteceu há dois dias atrás). Mas, eu não consigo esquecer. Por isso, se algum dia você, filha, ler este blog, saiba que tá doendo muito em mim ter sido grosseira com você. Me perdoe, meu amor. Ainda tô aprendendo a ser sua mãe, filha.
Beijo!
Dani
PS: essa história me fez refletir sobre o assunto "como corrigir um filho". Alguém aí sabe a exata medida de como fazer isso? Acho certo corrigir. Mas como?
Também fiquei pensando em como aqueles que batem nos filhos devem se sentir. Será que eles dormem? Porque, eu, não consegui pregar o olho e chorei até, lembrando da carinha de espanto dela enquanto eu falava com mais firmeza para parar de jogar a bola no primo.
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