Resumo da ópera: 90 dias depois estava 10 kg mais magra, resultado da combinação tradicional de reeducação alimentar e caminhada.
Tarefa cumprida. E agora?
E aí que essa vida saudável te pega de jeito e vicia. Mais que o leite condensado duplo (olha ele aí de novo minha gente!).
A vontade de comer doces desesperadamente passou ali, na metade do regime.
Comer de 3 em 3 horas ficou habitual, cotidiano. Tomar muita água idem, idem!
Passei a enxergar a atividade física com prazer e não como obrigação.
Ohhhhh!
Mais ohhhhhhh!
Como foi que isso aconteceu? Você podem estar se perguntando...
Nem eu sei!
A coisa foi indo, fui pegando gosto, deixou de ser sacrificante, deixou de ser chato, ficou legal, ficou demais, virou indispensável, como é que eu vivi sem isso?
Eu estava com tanta disposição para me exercitar, 3 meses depois de ter iniciado meu projeto, que precisava canalizar aquilo de algum jeito.
As caminhadas começavam a ficar meio sem graça, porque gosto mesmo é de sentir o suor escorrendo pela testa.
Precisava encarar subidas ou caminhos muito longos e demorados para não me entediar.
Foi aí que descobri a corrida, em março deste ano.
Na primeira aula quase morri! Fiz um percurso de mais ou menos 800 metros, divido em 4 partes. Corria 200m, andava 200m. Oito vezes. Quando acabou a aula, tava cansada sim, mas com uma vontade imensa de voltar, olha que coisa esquisita!
As aulas eram (são) em grupo. Ficava olhando as meninas correrem 5, 6 km e pensava que nunca iria conseguir fazer aquilo na vida.
Tava errada.
No final de abril já conseguia cumprir o percurso sem andar e fui promovida.
O treinador olhou pra mim e com um gesto de "vai" mandou que eu acompanhasse as outras meninas (turma de elite, minhas ídolas até hoje).
Pela primeira vez eu corria 5 km.
Fim de treino, entrei no carro, abri os vidros, coloquei Katy Perry pra tocar.
E aí veio aquela sensação que só quem corre sabe dá no final do percurso.
Não resisti e acompanhei a música,
Com licença, vó.
Há 4 meses
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