Foi assim: Nina tava brincando em uma dessas mesas de atividade cheias de argolas, bolas, quadrados e triângulos. O priminho (Pipe de 8 meses), chegou e começou a brincar com algumas argolas que estavam sobre a mesa. Assim que ela o viu, jogou uma bola nele. Sentei do lado e expliquei que ela não podia fazer aquilo, já que ele apenas estava querendo brincar. Não adiantou. Ela jogou de novo a bola na cara dele. Nesta hora contei com a ajuda do pai. Ele se abaixou e disse que não era correto ela fazer aquilo com o primo pequeno, explicamos de novo que o Pipe poderia acabar se machucando e que ele tava só querendo brincar na mesinha também. Pela terceira vez ela jogou a bola nele.
Desta vez, tirei ela da mesa, coloquei no meu colo, de frente prá mim e, em tom firme, disse que aquilo que ela tava fazendo era errado e etc e tal. Nina arregalou um olhão, ficou me fitando por uns 30 segundos, quietinha e depois desceu do colo e foi brincar com as outras primas.
Foi a primeira vez que fiz isso. Nunca tinha repreendido ela com essa firmeza. Não é muito a minha cara agir assim. Bem por isso, porque não faz parte do meu jeito, me senti muito mal por ter sido tão rude com ela, uma bebê de um ano e poucos meses.
Sei lá, não achei certo. Deveria ter tido mais paciência, falado com calma, ou, quem sabe ter chamado a atenção dela para outra coisa. Sinceramente, acho que ela percebeu que eu perdi o controle, tanto que ficou ali no colo me olhando com uma carinha de "essa aí é mesmo a minha mãe?".
Estou me sentindo péssima por isso. Já pedi diversas desculpas para ela, beijei e abraçei muito a minha Nina, numa tentativa desesperada de apagar o que fiz. Acredito que talvez ela nem se lembre mais disso (aconteceu há dois dias atrás). Mas, eu não consigo esquecer. Por isso, se algum dia você, filha, ler este blog, saiba que tá doendo muito em mim ter sido grosseira com você. Me perdoe, meu amor. Ainda tô aprendendo a ser sua mãe, filha.
Beijo!
Dani
PS: essa história me fez refletir sobre o assunto "como corrigir um filho". Alguém aí sabe a exata medida de como fazer isso? Acho certo corrigir. Mas como?
Também fiquei pensando em como aqueles que batem nos filhos devem se sentir. Será que eles dormem? Porque, eu, não consegui pregar o olho e chorei até, lembrando da carinha de espanto dela enquanto eu falava com mais firmeza para parar de jogar a bola no primo.
Com licença, vó.
Há 4 meses
11 comentários:
Ô Dani, difícil essa medida né? Acho que você agiu corretamente. Já fiz igualzinho, inclusive e a resposta foi o mesmo olhão arregalado como que dizendo "essa é mesmo a minha mamãe"?!? Mas também acho que nessa idade, em que elas ainda não têm controle sobre os próprios impulsos e desejos, é papel da mãe botar um freio sempre que for o caso. Mas vamos vivendo um dia de cada vez porque ninguém aqui nasceu Super Nanny.
E Nina, se você ler também esse comentário, saiba que tudo o que uma mãe faz por um filho é por amor. Viu? beijocas
Delícia acompanhar o seu blog. Beijos, Genis.
Ai Dani, é difícil mesmo essa medida, mas não se culpe não, vc só a repreendeu, não é o fim do mundo. Eu fiquei mal como vc quando falei alto com o André por causa da história da fralda, lembra? A gente sofre mais do que eles.
Acho que a gente não precisa ser grosseira e nem falar alto pra educar, concordo com vc nesse ponto, mas não se culpe pelo que aconteceu uma única vez, não é mesmo?
beijos em vc e na princesinha,
Re
Aconteceu comigo já algumas vezes de perder a paciencia com o filhote, não tenho orgulho da minha reação, mas tento não me culpar, não é facil manter a calma e ser uma mãe zen 100%. Mas a gente vai aprendendo a ser mãe e pessoas melhores a cada dia.
bjs
Dani; ainda não passei com isso com a minha Nina, mas com certeza isso nao vai ferir a relação de voces. com certeza a tua pequena "aprendeu" que nao foi certo o que ela fez... mas tu tb aprendeu com isso.
não nasceu mãe.. viramos; pois sempre que nasce um bebe, nasce junto uma mamãe ...e assim como eles cada dia é um novo dia.
beijocas querida, tua nina tá lindoca.
Se culpa, não, Dani! Claro que num mundo perfeito (e absolutamente irreal) ninguem perde a calma e a compostura. Mas isso não existe. Quando eu perco o controle da situação sempre penso "que bom, Noah já está aprendendo que a mãe dele não é perfeita".
Um dia ele ia descobrir isso mesmo, que jeito??
beijo!
Imagina,Dani,não se culpe não!Acho que vc fez tudo direitinho.Vcs orientaram 3 vezes e a Nina repetiu o comportamento.Não tinha para onde escapar,a próxima só sendo mais firme mesmo para ela entender que vcs estavam falando sério.Sou contra gritar mas falar com tom de voz sério é necessário.Criança precisa de limite.Dar limites tb é amar.Fica tranquila vc é uma super mãe!bjocas
Dani, queridona, as meninas já falaram tudo: primeiro, culpa não!! (fácil falar, né... eu mesmo me culpo SEMPRE que perco um pouco a paciência com o pequeno...); segundo: não somos perfeitas. Terceiro: só de você parar para pensar no modo como agiu já demonstra que não perdeu a cabeça: de vez em quando é bom mostrar para eles que eles ultrapassaram os nossos limites... faz parte do papel (por vezes chato) de mãe...
e ela te ama mesmo assim, complicada e perfeitinha, do jeito que ela precisa.
beijoca
tha
Aiii Dani!!! Tb quero aprender isso de corrigir do jeito certo! Sofro horrores até quando vejo a Helena cair, ou chorar por mãnha... Imagina só quando eu tiver que ficar brava com ela??? Não sei se vou saber...
Mas não sofra! Li que falar com firmeza não machuca e educa... E quer saber? Crianças educadas sofrem bem menos na vida!!! Tenho certeza disso!!!
Dani, absolutamente normal perder a compostura de vez em quando com o comportamente repetitivo e errado deles. E quer saber? Às vezes tenho a impressão de que eles pedem, que precisam mesmo que vc demonstre a eles que o limite foi ultrapassado. Já li em vários lugares que esta é a época deles testarem os limites, inclusive dos pais e daquilo que devem ou não fazer. Por isso, vc agiu corretamente ao falar três vezes antes com a pequena. Vc acha que da última vez foi mais grosseira do que deveria, então não se culpe, apenas tente se corrigir da próxima vez. Aqui em casa sempre falo umas 100 vezes, mas quando passa de determinado limite, falo bem firme, olhando nos olhos dele e persisto em não deixá-lo fazer o que é errado. É assim que se educa, não tem jeito. E acredite, a relação de vcs só se fortalece.
Ah! E mostrar que erramos ou passamos do limite é bom para os pequenos. Sempre fui contra a ideia de passarmos uma imagem de super heroínas sem defeitos para eles. Eles precisam de pais de carne e osso. É isso!
Beijocas
Dani, esta não foi a primeira e não será a última vez que você precisará ser firme com a Nina. Da idade dela pra frente, ela vai te desafiar muitas vezes.
Um dia, ela vai te agradecer por sua postura. Isso é educar, amiga, dar limites! E este também é nosso papel de mãe.
Simplesmente porque não podemos deixá-los fazer o que quiserem, não é verdade? Eles têm que aprender que é uma relação de causa e consequência, e desde tão cedo eles já têm muito mais consciência do certo e errado do que a gente imagina.
Esquece a culpa.
Beijos e um super 2010 pra vocês todos
Postar um comentário